Relembra o bandeirante e sertanista Antonio Raposo Tavares, nascido em São Miguel de Beja, em Portugal, em 1598 e falecido em São Paulo em 1658. Veio para o Brasil com seu pai Fernão Vieira Tavares, governador da Capitania de São Vicente em 1622. Dedicou-se à pregação de índios para o trabalho escravo na região de Guitanuna e depois organizou as expedições contra as reduções espanholas de Guairá, Tape e outras mais, conjuntamente com Pedro Vaz de Barros, André Fernandes e Braz Leme. Em 1639 comandou um contingente enviado a Pernambuco para a expulsão dos holandeses e em 1648 voltou à pregação dos índios aldeados pelos jesuítas espanhóis. Encontrando muita resistência em Assunção, tomou a direção Norte, até as cabeceiras do Rio Paraguai e daí as nascentes dos rios Guaporé, Mamoré e Madeira, até o Rio Amazonas e deste ao Pará em 1651. Voltando a São Paulo, mais tarde foi nomeado Juiz Ouvidor da Capitania, tendo em 1633 sido Juiz Ordinário. De sua expedição resultou mais tarde o reconhecimento de novas divisas do Brasil pelo Governo da Espanha, desde o Rio Grande do Sul, até o Amazonas, pela doutrina do “UTI POSSIDETIS”. Fonte: Paulo Corrêa de Lara e Paulo César Colombera - Comissão de Registros Históricos Jornal do Comércio de 21/12/89.