Denominação dada à Praça Filósofo Jacques Maritain o sistema de lazer localizado entre a Avenida Sampaio Vidal Prolongamento e as Ruas Maria Ferreira Furlaneto, Augusto Genta e Guido Cola, no Bairro Jardim Portal do Sol Prolongamento. Jacques Maritain (1882-1973) foi um filósofo, crítico de arte, diplomata e humanista do século XX. Juntamente com sua esposa, a poetisa e ensaista Raissa Maritain, esteve presente nos principais momentos políticos e diplomáticos do século XX. Ele é um dos pensadores que ajudaram a renovar o pensamento filosófico no século XX, principalmente da escola de pensamento conhecida como neotomismo, e também pela releitura e reinterpretação de pensadores do mundo antigo, como Platão, Sócrates e Aristóteles, e do mundo moderno, como é o caso de Maquiavel, Kant e Hegel. as sensíveis ao longo do século XX. Entre esses temas, estão: a ética do trabalho, uma relação mais harmoniosa entre capital e trabalho, uma terceira via ética tanto ao capitalismo liberal como também ao sistema socialista-marxista autoritário; os conflitos que geraram a segunda guerra mundial, ao renascimento da educação humanística, o diálogo inter-religiosos, a promoção da paz mundial, o diálogo entre capitalistas, liderados pelos EUA, e socialistas, liderados pela Rússia, com o objetivo de acabar com a guerra fria, aos debates diplomáticos internacionais que culminaram, em 1945, na criação da Organização das Nações Unidas (ONU). Maritain ajudou decisivamente a reconstituição do humanismo no século XX. Para tanto, ele criou a teoria do humanismo integral, ou seja, um humanismo que não vê o ser humano apenas como produto da natureza, da economia ou da política, mas sim como uma unidade orgânica formada por diversos níveis (espiritual, econômico, político, artístico etc.), que deverá ter sua dignidade respeita, não sofrer atos de injustiça e de violência gratuita. Dentro de todo o complexo currículo de Jacques Maritain e das suas realizações, como pensador, ao longo do século XX, existem duas que se destacam: - À primeira é o reposicionamento do Direito e da diplomacia internacional. Até a década de 1930 tanto o Direito como a diplomacia internacional estavam centrados na ideia de Estado, de soberania e de nação. Maritain demonstra que, de um lado foi a centralização desses conceitos no ordenamento jurídico internacional que ajudou a realização de todos os horrores e da destruição provocadas pelas duas guerras mundiais e, do outro lado, ele enfatiza que, num mundo verdadeiramente preocupado com o desenvolvimento humano, com a ética e em evitar uma nova guerra mundial, o centro do Direito e da diplomacia precisa ser a pessoa humana, a dignidade da pessoa humana e, por conseguinte, uma ética voltada para a vida real e comunitária das pessoas; - A segunda é a fundamental contribuição que Maritain deu na elaboração e promulgação, pela Assembléia Geral da ONU, em 1948, da Declaração Universal dos Direitos Humanos. De um lado, essa Declaração é uma síntese das idéias que Maritain desenvolveu ao longo da vida e, do outro lado, a Declaração abriu uma nova história na forma de interpretar e de pensar a relação entre o Estado e o cidadão, entre os direitos humanos e a sociedade, entre a pessoa humana e o mundo da vida. As ideias de Maritain são estudadas e influenciam pensadores de diversos países ao redor do mundo. Entre estes: EUA, Itália, México, Argentina, Chile e Brasil. No tocante ao Brasil é necessário enfatizar que as ideias e o pensamento de Maritain são estudados, refletidos e colocados em práticas em diversos ambientes socioculturais, diplomáticos e econômicos do país. Além disso, existe no Brasil uma série de grupos de intelectuais, profissionais liberais e cidadãos que se dedicam ao estudo e a viverem uma espécie de vida maritaniana, ou seja, um viver a partir das ideias desse pensador. Grande parte desses grupos se reúnem em torno da Instituto Jacques Maritain do Brasil (IJMB), que tem forte presença em São Paulo e no Rio Grande do Sul. No Estado de São Paulo cidades, como, por exemplo, São Paulo, capital do Estado, e Marília têm forte presente tanto de investigadores intelectuais (professores universitários, profissionais liberais etc.) que estudam a obra de Maritain, em Institutos de Ensino Superior como o UNIVEM, a FAJOPA e a UNESP, como também de cidadãos que se dedicam a colocar em prática, em nível municipal, as ideias desse importante pensador. Colaborador: Biblioteca da Câmara Municipal de Marília. PL. 58/19 Caso tenha mais dados ou precise de mais informações sobre, entre em contato com a Biblioteca da Câmara Municipal de Marília. Telefone: 2105-2056