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Em busca de limite

O que temos feito para que os jovens amem a vida, tenham respeito por si mesmos e construam um futuro?

“Socorro! Não estou sentindo nada/ Nem medo nem calor nem fogo/ Não vai dar mais pra chorar/ Nem pra rir… Socorro!”
Esse é o trecho inicial de uma canção, composta por Arnaldo Antunes e Alice Ruiz, que foi bem lembrada por uma conhecida que passou um Dia das Mães bem difícil.
Nesse dia, ela enfrentou a morte de dois jovens de 21 anos: um primo e a irmã de uma amiga. Os dois perderam a vida em situações bem semelhantes que envolveram a combinação jovem + ingestão de bebida alcoólica + direção em alta velocidade.
“Como ajudar esses jovens?”, perguntou. A questão que ela dolorosamente levantou faz muito sentido.
Hoje, acidentes de trânsito são uma das maiores causas da morte de jovens, e as estatísticas apontam que a embriaguez está presente principalmente quando as vítimas têm entre 18 e 30 anos.
O que temos feito para que esses jovens amem a vida, desenvolvam o autocuidado e atitudes de respeito por si mesmos, tratem suas emoções com delicadeza e construam um projeto de vida que lhes permita olhar para o futuro como um alvo a ser alcançado e não uma fatalidade ou determinação?
Temos estimulado o consumo na vida deles, de todos os modos. Carro, telefone celular e computador, por exemplo, não são desejados por eles pelas suas funções básicas e sim pelo modelo, pelas funções complementares, pela aparência e, principalmente, pelo status que a posse desses objetos lhes confere.
O carro não é um sonho de consumo para os jovens por facilitar suas vidas pela locomoção de um lugar para outro, por exemplo.
Vale muito mais, quando não somente, pelo valor que ele agrega à sua pessoa. Um jovem sente que tem mais valor quando tem um carro, mesmo que não tenha sido fruto de seu trabalho.
E o que falar da competição? Desde que são pequenos, desejamos que sejam os melhores, os primeiros da fila, os campeões. Mas, fora do esporte, a competição não facilita a vida de nossos jovens.
Ao contrário: funciona como uma pressão muitas vezes avassaladora.
Vocês sabem que os jovens, no ano do vestibular, contam, muitas vezes estimulados pelas escolas, quantos são os pares que precisam derrubar para entrar na faculdade almejada?
Ah! Não podemos esquecer também que, de muitas formas, ensinamos a eles que o que vale na vida é a curtição do aqui e agora: prazer e diversão devem ser os ingredientes básicos do cotidiano que vivem.
E assim vivem eles, de balada a balada, de beijo a beijo, de uma rede virtual a outra, de uma transa a outra, de um esporte radical a outro.
Mas, pelo jeito, isso não está dando certo. Estudos de todas as partes do mundo acusam: as taxas de suicídio entre os jovens têm aumentado assustadoramente, e nosso país não é uma exceção a essa tendência.
Precisamos ouvir esses jovens. O que os inquieta, o que lhes tira a tranquilidade, qual a visão de mundo que eles têm? O que eles aprendem conosco, o que criticam em nosso modo de viver, quem são seus oponentes?
Um jovem conhecido me procurou para trocar ideias a respeito da sua vida e começou logo dizendo que me procurara por saber que eu não conversaria com ele como se fosse sua amiga e que ele sabia que, caso ele precisasse, eu daria uns “toques pesados” para ele.
Traduzindo: o que ele pedia era uma escuta atenciosa e, depois, uma bronca. Que ele levou por merecimento “”aliás, ele já sabia disso desde o início de nossa conversa”" e gostou de ter levado.
De jovens, bastam eles. A juventude exaure, sabia leitor? Talvez nossos jovens precisem da companhia de pessoas mais velhas, dos adultos, por exemplo. Onde estão eles? Curtindo sua própria juventude já ida…

ROSELY SAYÃO é psicóloga e autora de “Como Educar Meu Filho?” (Publifolha)

 

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