1377 1053 1308 1619 1747 1746 1235 1358 1663 1618 1740 1382 1434 1415 1039 1226 1021 1964 1308 1264 1174 1464 1378 1072 1706 1925 1578 1915 1885 1709 1685 1360 1955 1212 1008 1017 1781 1661 1598 1400 1618 1038 1575 1915 1003 1140 1587 1974 1782 1744 1394 1232 1242 1912 1574 1955 1394 1418 1352 1502 1358 1300 1564 1942 1889 1531 1729 1792 1013 1823 1265 1877 1811 1552 1818 1325 1294 1811 1717 1673 1442 1580 1559 1110 1334 1033 1914 1840 1426 1962 1157 1565 1941 1325 1429 1106 1391 1926 1712 UNIVEM - Inovação, a chave para o futuro
Webmail
Voltar ao início



 
Pesquisa | por tema

O conteúdo desta página requer uma versão mais recente do Adobe Flash Player.

Obter Adobe Flash player

home Home | noticias


Inovação, a chave para o futuro

É preciso intensificar e muito a participação da iniciativa privada, semeando a cultura da inovação no mundo corporativo

"É PRECISO mudar para que tudo continue como está."
Consagrada pelo príncipe de Salina no famoso romance "O Leopardo", de Lampedusa, quando usada na política a frase soa cínica e reveladora de apego ao poder a qualquer preço. Já quando aplicada à economia moderna, ganha um significado saudável e serve de sinal de alerta, em especial para as empresas muito bem-sucedidas e lucrativas.

É até compreensível que, ofuscados por gordos resultados financeiros e saborosas fatias de mercado que detêm, seus gestores tendam a certa acomodação, cedendo ao temor de mexer em time que está ganhando e, assim, mantenham-se fiéis ao presente ou, pior, ao passado.

Entretanto, a experiência e o aconselhamento de especialistas mostram o outro lado da moeda, indicando que comandar empresas é como dirigir um automóvel no caótico horário do "rush". É preciso multiplicar o olhar, atentando para o que ocorre ao lado, observando o que está atrás, mas sem deixar de mirar a frente, buscando antecipar os obstáculos que a próxima curva esconde e já planejando ações para vencê-los.

País tradicionalmente exportador de matérias-primas e importador de produtos de maior valor agregado -tendência que muito lentamente vai se invertendo-, só há poucas décadas o Brasil despertou para a importância de incrementar a pesquisa, a inovação e o desenvolvimento tecnológico - um descompasso que se traduz no baixo nível de investimento privado e público nessas áreas, no descolamento entre a atividade acadêmica e as necessidades da produção e no descaso para com a formação de profissionais aptos a atuar com as competências e habilidades exigidas pela nova realidade e, principalmente, pelos desafios que se antepõem à aspiração de ocupar uma posição destacada no conjunto das nações.

Segundo recente relatório da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), que reúne os países mais ricos do mundo, a inovação é a fonte principal de dinamismo econômico e bem-estar social, sendo a chave tanto para vencer a recessão econômica quanto para colocar o desenvolvimento numa trajetória ambientalmente sustentável.

Entretanto, a situação brasileira nos três indicadores de inovação - pesquisa e desenvolvimento (P&,D), patentes e registro de marcas- não é das mais animadoras.
Um comparativo de investimentos em P&,D, para ficar apenas num exemplo, mostra o quanto o Brasil precisa avançar para atingir os patamares dos países desenvolvidos.

Segundo o Instituto de Estudos de Desenvolvimento Industrial (Iedi), sobre a P&,D nacional, o investimento privado é da ordem de 0,5% do PIB, contra incentivos governamentais de 0,007% do PIB (excluídos os estímulos fiscais da Lei da Informática, considerada mais um instrumento de política econômica do que de alavancagem à pesquisa).

Enquanto isso, em 2007, no âmbito dos 30 membros da OCDE e alguns países não membros, como China e Rússia, esse total atingiu 2,3% do PIB conjunto (a nada desprezível quantia de US$ 886,3 bilhões), tendo a iniciativa privada como a principal fonte de financiamento, respondendo por perto de 70% dos gastos.
Para alimentar certo alento, vale registrar alguns sinais positivos no horizonte, como as 2.500 empresas que apresentaram, de 2007 para cá, projetos à Finep sob o guarda-chuva da Lei de Inovação.

Mas é preciso intensificar e muito a participação da iniciativa privada, semeando a cultura da inovação no mundo corporativo e transformando-a em prioridade estratégica das organizações. Em síntese, para a sobrevivência das empresas e para o desenvolvimento do país, a ordem é avançar ou perder, mais uma vez, o bonde da história.

RUY MARTINS ALTENFELDER SILVA , 70, advogado, é presidente do Conselho de Administração do Ciee e do Instituto de Estudos Avançados da Fiesp. Foi secretário da Ciência, Tecnologia, Desenvolvimento Econômico e Turismo do Estado de São Paulo (2001-2002).

Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo. debates@uol.com.br

- O CM News é uma publicação diária da CM Consultoria de Administração Ltda. Artigos, notícias e matérias sobre educação, com foco no ensino superior são compiladas das mais diversas fontes em todo o Brasil. A inserção dos referidos artigos, matérias e notícias não refletem necessariamente a opinião da CM Consultoria, pois os mesmos são recebidos e reproduzidos na integra, não havendo alteração por parte da CM Consultoria, a não ser por autorização do veículo ou do autor.
Fonte: Folha de São Paulo

voltar

Últimos eventos | imagens