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Um quinto da geração Y já chefia equipes

Jovens têm pressa de prosperar, mas não pensam em trocar de emprego, diz pesquisa

  • Renata Gama - O Estadao de S.Paulo

Quando os primeiros representantes da geração Y começaram a entrar no mercado de trabalho há cerca de 10 anos, as empresas começaram a ter de conviver com uma nova visão. Bem informados, questionadores e com sede de subir na carreira, esses jovens desafiaram lideranças e foram chamados (e ainda hoje são) de ansiosos, infiéis e insubordinados.

A partir deste ano, essa geração começa a chegar aos 30 anos de idade. Após uma década de convívio com esses jovens no trabalho, alguns mitos podem ser desfeitos e algumas verdades, comprovadas. Pesquisa da consultoria de gestão Hay Group feita com mais de 5,5 mil jovens mostra que, sim, os nascidos a partir da década de 80 têm mesmo muita pressa de subir na carreira. Aliás, dos entrevistados, 18% já são chefes.

"Falar da geração Y não é mais falar do trainee, é falar de uma boa parte dos gestores das empresas que multiplicam seus valores aos seus subordinados", diz Flavia Leão Fernandes, consultora do Hay Group. "É estratégico entender essa geração."

De estagiário na AgênciaClick, de publicidade, para chefe de uma equipe técnica de 14 pessoas, Marco Gomes levou só um ano. Dois anos depois, aos 21, saiu da empresa para montar a sua própria agência, a boo-box, especializada em marketing para redes sociais, que emprega outros 20 jovens. A mudança ocorreu depois que Gomes idealizou em casa um sistema de vendas inteligente, que fez sucesso na internet, foi elogiado no site TechCrunch e atraiu a atenção de investidores.

Apesar da virada, ele diz que não era do tipo que pula de emprego. "Naquela época, outras agências cobiçavam não só a mim, mas a equipe inteira. Eu era assediado, em especial, por ser líder de uma equipe importante. Mas não saía por vários motivos, principalmente pelo ambiente, que era muito legal."

Guilherme Rios, gerente de projetos da E.Life, que monitora mídias sociais, está há três anos na empresa. E, apesar de ter recebido algumas propostas, até agora não quis sair. "A gente é bem seduzido pelos concorrentes para levar o segredo da empresa. Mas, mesmo com salários maiores, eu não topei. Eu só seguiria em frente se tivesse um desafio maior e a possibilidade de crescer mais rápido."

Essas histórias ilustram mais um dado da pesquisa. Ao contrário do que se pensa, a maioria dos jovens não pretende deixar seu empregador: 63% querem permanecer no atual trabalho por cinco ou mais anos. Apenas 5% têm planos de sair em um ano. Mas a fama de fujões inibe o investimento nesse pessoal, pois muitas empresas têm medo de perdê-los para a concorrência e gastar dinheiro em vão. "Essa é uma geração vista como um pouco ingrata", explica Flavia, do Hay Group. No entanto, o levantamento mostra que, quando há investimento, a retenção aumenta. Para 93%, quanto mais a empresa investe neles, mais eles desejam continuar no emprego.

Evolução. Para Flavia, eles estão mais leais porque as empresas compreenderam os jovens e aprenderam a lidar com eles. "Os líderes enxergaram nessa geração um problema e começaram a buscar informações e se tornaram mais abertos ao diálogo. E a geração, com sua capacidade de adaptação, foi entendendo melhor os ambientes corporativos e o que é esperado dela."

Renata Filippi Lindquist, sócia-diretora da Mariaca, especializada em gestão de capital humano, enxerga o mesmo movimento. "As empresas já perceberam que têm de estar mais próximas desses jovens, que precisam fazer mais avaliações de troca de expectativas, trazê-los para mais perto da estratégia." Pela pesquisa, o plano tem dado certo: 71% dos jovens dizem que os valores da empresa estão alinhados aos seus.

Para ela, os jovens também evoluíram nessa relação. "A geração Y vem amadurecendo. Vejo uma diferença muito grande ao conversar hoje com um jovem de 28 anos. Vejo uma carreira mais consistente. Eles estão mais conscientes de que, para serem líderes, precisam ter mais bagagem. " Porém, a inquietação permanece. "Se não estiverem muito satisfeitos, eles vão embora sem pestanejar. Se as empresas não tiverem mecanismos de retenção, eles vão sair."


COMPORTAMENTO DA GERAÇÃO Y


Verdades

Têm pressa de subir na carreira: 18% ocupam cargos de gestão

Apreciam o diálogo aberto: 74% afirmam ter boa relação com a chefia

Escolhem onde trabalhar de acordo com os valores da empresa: 71% dizem que os
valores da empresa estão alinhados aos seus próprios valores pessoais

Mitos

São infiéis: 63% querem permanecer no atual emprego por cinco ou mais anos, apenas 5% pretendem sair em um ano

Não vale a pena investir neles: para 93%, quanto mais a empresa investe em sua
formação, mais desejam continuar no emprego

São insubordinados e difíceis de liderar: 75% confiam no seu superior


Diferença da hierarquia está diminuindo

Talvez o pulo do gato para lidar com a geração Y tenha sido tornar as relações hierárquicas mais horizontais, diz Renata Filippi Lindquist, sócia-diretora da Mariaca. "Não se tem mais a hierarquia de maneira tão marcada como antes. Isso já começou a aparecer na arquitetura dos escritórios." Muitas empresas aboliram as paredes para deixar os ambientes de trabalho mais amplos e abertos ao diálogo.
Na Tectoy Digital, braço de games da Tectoy, que mantém uma equipe de cerca de 50 jovens entre 19 e 33 anos, não há muros. "Há poucas paredes de fato no ambiente físico, o que reflete a condição hierárquica da empresa. É toda aberta. Todos entram pela mesma porta e saem pela mesma porta, todos bebem água no mesmo bebedouro", descreve André Nogueira, 29 anos, produtor da Tectoy Digital. Ele começou como estagiário e foi efetivado já como chefe de equipe. / R.G.


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