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Advogado aventureiro vai escalar o pico mais alto do Sudeste do País

Aventureiro, ele enfrentará longas pedaladas

Por volta de 1859, D. Pedro determinou que fosse colocada uma bandeira do Império no ponto considerado mais alto e imponente do Brasil. Depois de quase dois séculos, o então pico mais alto, nomeado “Pico da Bandeira”, recebe milhares de peregrinos do Brasil e do Exterior que percorrem a via a pé, de bicicleta ou a cavalo. Mesmo sendo o ponto mais alto da região sudeste e terceiro mais alto do Brasil, com 2.891,98 metros de altitude, é considerado a montanha mais acessível do País. Localizado no Parque Nacional do Caparaó, atravessa a divisa entre os municípios de Ibitirama, no Espírito Santo, e Alto Caparó, em Minas Gerais.

Neste domingo, o advogado Carlos Augusto Gobbi, 45 anos, trocará o terno, sua confortável sala e o cafezinho servido na Câmara Municipal de Bauru, onde trabalha como consultor jurídico, para se aventurar numa escalada ao Pico da Bandeira.

Aventureiro, ele enfrentará longas pedaladas num percurso com buracos, lama e pedras até chegar a seu destino, percorrendo o trajeto conhecido como “Caminho da Luz”.

Apaixonado por esportes, desde jovem Gobbi praticou judô, natação e pólo aquático. Com sede de superar obstáculos e espírito aventureiro, é adepto ao cicloturismo começou recentemente.

Em 2008, aos 43 anos, sempre na companhia de amigos, percorreu por seis dias o “Caminho da Fé”, com 423 km, saindo de Tambaú até Aparecida (SP). Em 2009, fez o percurso do “Caminho do Sol”, totalizando 250 km de trajeto, na região de Santana do Parnaíba. Todos os caminhos foram realizados de bicicleta.

“O ato de escalar o pico de uma montanha é o fechamento de um percurso que, na minha opinião, é o momento mais importante, pois representa uma conquista”, diz Gobbi.

O “Caminho da Luz”, que o advogado enfrentará no próximo domingo, soma 197 km de extensão e é todo sinalizado com placas e setas amarelas. Seu início fica na base da cachoeira de Tombos, a quinta maior em volume d’água do País, e passa por Catuné, Pedra Dourada, Faria Lemos, Carangola, Caiana, Espera Feliz, Caparaó e Alto Caparaó até chegar ao Pico da Bandeira. São oito horas de escalada. O roteiro levará cinco dias e reunirá 100 pessoas de diversas regiões do Brasil.

O percurso

Euforia, expectativas, preocupações. Essas são algumas sensações geradas antes de embarcar na aventura. Depois, vem o ódio. “Primeiro, há a expectativa muito grande, aflições e preocupações temporárias. Mas, durante a viagem de ida, o sentimento de inconformidade me domina. Eu penso: ‘O que estou fazendo aqui, meu Deus?’”, diz Gobbi.

Pai do aventureiro, o aposentado Dirceu Gobbi considera a viagem de mais de mil quilômetros uma “loucura”. “Meu pai me fala ‘você é um louco de percorrer mais de mil quilômetros’”, diverte-se o filho aventureiro.

“Mas ele tem razão ao citar isso, já que estou saindo de uma zona de conforto para uma zona de desconforto, cheia de imprevistos”, aponta o peregrino.

Ao iniciar o cicloturismo, Gobbi diz que objetivo do trajeto não é competir e nem testar o desempenho dos ciclistas. “Você percorre o roteiro de acordo com sua capacidade, não é uma competição. Mas o grande motivador é a interação com o ambiente e a comunidade”, ressalta Gobbi. “A população é receptiva com os ciclistas, as pessoas se entusiasmam, vêem o ciclista como um aventureiro por ter coragem de fazer um caminho tão desafiador com uma bicicleta”, diz. Para ele, essa interação torna o cicloturismo um fator de inclusão e integração social.

“No trajeto, você conhece pessoas com hábitos e culturas diferentes da sua”, ressalta Gobbi. Assim, essas interações enriquecem a caminhada, que deixa de ser um evento apenas esportivo para se tornar turístico.
 
Adversidades


Mas nem só de interação vive o cicloturismo. As adversidades climáticas, físicas, do ambiente, entre outras, exigem desempenho e técnica aprimorada de Carlos Augusto Gobbi. “É necessário se preparar para realizar um trajeto. É preciso ter ritmo de pedalada. Depois de umas duas a três horas, o ciclista já começa a sentir desconforto”, relata.

Uma chuva, por exemplo, pode provocar imprevistos no roteiro, fatos que vão exigir esforço, dedicação e ânimo para enfrentar os desafios. A temperatura também influencia no desempenho.

“Nesta época, geralmente a média da temperatura é de 17 graus durante o dia, sendo que à noite o termômetro marca aproximadamente 10 graus”, conta. É necessário também que o ciclista não queira superar os limites logo no primeiro dia de trajeto.

“O percurso precisa ser gradual. O peregrino precisa se preparar e guardar energia para não se esgotar quando atingir os obstáculos mais difíceis do roteiro”, alerta.

Cuidados com a bicicleta e acessórios especiais antes das pedaladas devem ser considerados. “É preciso que a bicicleta tenha suspensão, esteja adequada à altura do ciclista”, indica. Capacete, luvas e óculos de proteção, entre outros acessórios, são itens que visam garantir a segurança.

Carlos: desejo de superar os limites


Qual a sensação de chegar até o topo de uma montanha? “A satisfação é pessoal. Como sou muito emotivo, chego a chorar. É uma sensação de conquista, a descarga de adrenalina é grande, você fica numa situação de contemplação”, relata o aventureiro e advogado Carlos Alberto Gobbi. “É como se passasse um filme na cabeça de tudo o que você enfrentou para conseguir estar ali”, salienta.

“O que me motiva a fazer isso? Não sei exatamente. Existe o desejo de superar os limites, mas não há um motivo específico”, alega.

“Foi algo que me envolveu. A única coisa que tenho certeza é que pretendo, com essas minhas peregrinações, deixar um legado, uma história para contar para meus herdeiros, principalmente minha filha, a pequena Teodora Segalla Gobbi, de 1 ano e 10 meses”, afirma.

“Quero que ela se lembre de mim como um símbolo de ‘pai aventureiro’, e que um dia possa servir de estímulo”, finaliza.
 

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