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O papel da língua portuguesa na carreira do advogado

Sem perceber, as pessoas que não têm intimidade com o Português

Este pequeno texto busca fazer com que o advogado, além do público em geral, tenha a percepção do quão é importante ter o conhecimento da Língua Portuguesa.

Texto enviado ao JurisWay em 5/6/2009.

 

O papel da língua portuguesa na carreira do advogado

 

Assim que nascemos, já temos o nosso primeiro contato com a língua portuguesa. Entramos na escola e o Português nos acompanha desde o primeiro dia de aula até a formatura. Alguns se apaixonam por ele; muitos, não querem nem sua amizade. Ocorre que, aqueles que no passado não deixaram o Português entrar nas suas vidas, hoje se arrependem e perdem muito por isso.

Sabemos que a língua portuguesa é meio fundamental de comunicação. Necessitamos dela o tempo inteiro. Falar, todos nós sabemos. Agora, falar corretamente...

Sem perceber, as pessoas que não têm intimidade com o Português, perdem muitas oportunidades na vida. Não só na vida profissional, mas na vida social e pessoal. Até quando vamos querer esconder a idéia de que saber falar corretamente é e sempre será essencial? Se aceitássemos essa idéia e buscássemos uma amizade com a língua portuguesa, veríamos que as nossas chances na vida seriam bem maiores.

Hoje em dia, a pessoa que sabe falar bem se destaca. E se passa como diferente, num país em que falar e escrever bem deveria ser comum.

Pois bem, agora que sabemos o quão fundamental é se comunicar bem, imaginemos a sua importância na esfera jurídica.

Primeiramente, vamos tratar dos concursos públicos, febre que vem aumentando nos dias atuais. Os examinadores já se deram conta do papel do Português na esfera pública e não existe um concurso sequer que não caia a matéria mais temida pelos concursandos. A exigência da língua portuguesa é obrigação que deveria vir presente em todas as provas profissionalizantes, para seleção de pessoal. Posso inclusive dizer que a Língua Portuguesa talvez seja a única matéria essencial para todas as áreas profissionais, tanto humanas como exatas, podendo ser considerada como a única que utilizamos a vida inteira, o tempo inteiro. Vai dizer que não é importante?

Agora reflitam sobre a carreira do advogado. Os advogados, profissionais que deveriam merecer extremo respeito, por buscarem fazer “jus à justiça”, sofrem grandes preconceitos. Digo-lhes o motivo: o bendito Português. O advogado que não tiver o conhecimento da sua própria língua, fica prejudicado na carreira e dá maiores chances para os concorrentes. É muito claro que se não combinarmos advocacia com a língua portuguesa, o advogado não saberá se comunicar oralmente, não saberá interpretar a lei da melhor forma e, principalmente, não saberá elaborar peças, atividade fundamental da advocacia.

Quantas vezes nos deparamos com peças mal elaboradas, sustentações orais incoerentes e interpretações sem sentido? Até mesmo a comunicação com outros profissionais do Direito deve observar as formalidades do Português. Esses pequenos detalhes resultam em pontos negativos e a culpa é inteirinha do nosso amigo tão falado.

            Se já consegui convencer-lhes da indispensabilidade da nossa língua, pensem então no Exame da Ordem. Eu lhes pergunto: Por que NÃO tem Português no Exame da Ordem de Advogados do Brasil? É neste ponto que eu queria chegar. Esta é uma questão a se discutir. Tudo bem que eliminaríamos muito mais examinandos, o que significa que se eu fosse propor essa mudança no Exame da Ordem, muitos bacharéis em Direito desejariam me matar.

Agora você se pergunta: atenção, Conselho Federal, será que é tão difícil perceber que estamos cheio de advogados ruins no mercado? O Conselho até que percebeu, mas buscou uma solução equivocada: tratou de dificultar a prova da OAB em relação às matérias jurídicas. Isso gera revoltas. Ninguém pode saber tudo de tudo. Se alguém disser a você que sabe tudo de todas as matérias de Direito, é mentira. Nós nos especializamos em uma ou outra matéria, mas em todas não. Pois bem. Em vez de dificultar a parte de Direito, a solução mais plausível seria incluir a matéria de Língua Portuguesa no exame. É tão simples. Se já tem em concurso público, porque não na prova da OAB?

Deixo essa questão a ser pensada. Devemos dar mais importância ao Português, um camarada que está do nosso lado desde o momento em que nascemos e que vai nos acompanhar ao longo da nossa trajetória. Reflitam. Parem de fugir do Português e comecem a correr atrás dele antes que seja tarde.

 

Giulianna Louise Christofoli

 

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