Depois de um período de queda nos preços, o setor de construção inicia o ano com alta de pelo menos 5% no preço dos materiais e de 10% sobre a mão de obra. De acordo com dados divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Índice Nacional de Custo da Construção ao Mercado (INCC-M) registrou avanço de 0,59% em dezembro, superior à alta verificada no mês anterior, de 0,36%. Durante os últimos 12 meses o indicador acumulou variação de 7,58%. Os maiores reajustes foram sentido no preço do cimento, telha e areia. Para manter o ritmo de vendas as lojas têm apostado em promoções. Segundo o construtor Afonso Calogero, que trabalha no ramo há mais de 40 anos, independentemente dos pacotes econômicos e dos aumentos anunciados, no começo do ano sempre há uma majoração nos preços. No entanto, mesmo com a alta a procura pela mão de obra continua em alta. “Tudo subiu um pouco e a com a mão de obra não é diferente. O metro quadrado de uma casa de um porte bom a médio que era R$ 1.200 agora deve estar próximo dos R$ 1.500 por casa pronta, e olha que falta mão de obra qualificada”, comentou. No tocante ao material o aumento gira em média de 5% a 10%. De acordo com ele, o saco de cimento que em dezembro passado custava R$ 18 no ponto de venda mais barato de Marília, ontem já estava sendo comercializado por R$ 19,50. “Com certeza ficou mais caro construir, mas o bom momento do setor continua”, disse. De acordo com o presidente da Federação dos Comerciantes de Material de Construção do Estado de São Paulo (Fecomac), Francisco Donisete Granado, apesar dos anúncios feitos pelo governo, as empresas do setor ainda estão mantendo os preços em grande parte dos produtos. “A maioria das empresas tem estoque e estão segurando os preços que ainda estão no mesmo patamar do final de 2009. Todo ano acontece a mesma coisa: as indústrias ‘puxam’ os preços de alguns produtos para cima e depois ao longo do período acabam baixando. Este ano não vai ser diferente”, afirmou. Fonte: Jornal da Manhã
