Na crônica nº XXI, falamos do Dr. Aristóteles Ananias Maurício Garcia, que foi prefeito de Marília de 1938 a 1939. Depois que deixou a Prefeitura, em data da qual não me lembro bem, quando a Prefeitura abatia as árvores da Avenida Sampaio Vidal, ele teve um gesto que muita gente aprovou e eu também. Não deixou que se cortasse a árvore que havia à frente da sua casa. Não me lembro quem era o Prefeito, que não insistiu. Mais tarde mudou-se para São Paulo, ocasião em que vendeu aquela casa à Caixa Econômica Federal que a demoliu e construiu em seu lugar esse prédio de estilo duvidoso, que enfeia a Avenida e com a escadaria que serve de descanso aos que esperam os ônibus e, o mais das vezes para os desocupados noturnos. Mas vamos pra frente. Logo após aquela casa vem a residência assobradada da família Ferreira da Costa, em anexo à parte comercial da firma Ferreira da Costa & Cia. Ltda. Dirigida pelo meu amigo José Ferreira da Costa Júnior. Além de industrial, meu Zezinho como nos conhecemos, possui um ótimo plantel de gado leiteiro e, é um filho exemplar, fez construir ao lado do prédio assobradado em que reside sua mãe, hoje viúva, um elevador para que ela consiga atingir o primeiro andar onde se localizam seus aposentos mais íntimos, um elevador. Mas vamos falar agora, de José Ferreira da Costa, o chefe da família, que era português, nascido em 21 de Fevereiro de 1894, em Foz do Arouçe, província de Coimbra. Ele veio para o Brasil em 1912, voltou a Portugal, casou-se em 1924, voltou para o Brasil se estabelecendo em Presidente Alves, depois de breve estadia no Rio de Janeiro e Santos. Chegou em Marília em 8 de julho de 1928, adquirindo de Miguel Petrilli, concessão de representante da Companhia Antártica Paulista. Como adepto fervoroso do Racionalismo Cristão, construiu à Avenida República o majestoso templo para o exercício da sua crença e a prática da caridade na mesma recomendada. José Ferreira da Costa faleceu em 30 de agosto de 1961, e a Prefeitura deu seu nome a uma rua do Bairro Lorenzetti. Fonte: Paulo Corrêa de Lara - Comissão de Registros Históricos Jornal do Comércio de 28/01/89. Lei 1140/64